A arborização urbana pode ser vista como um processo sistemático da paisagem, através da introdução de espécies vegetais de porte arbóreo. Estas espécies podem estar condicionadas a fatores de ordem funcional, estética, ambiental e sócio-cultural. A arborização está diretamente ligada às características morfológicas e tipológicas próprias de cada espécie em função do seu porte, forma, cor e fatores biológicos. A prática da arborização urbana é comum em áreas livres públicas, como ruas, praças, parques, jardins e, ainda se estende em reservas florestais dentro do limite da área urbana.
Dentre os valores ambientais e ecológicos das árvores em áreas urbanas, destacamos:
Por outro lado, vários são os fatores limitantes do processo de arborização, a saber:
A arborização viária no Brasil vem sofrendo conseqüências drásticas devido às falhas no planejamento que não contempla crescimento urbano e áreas verdes. Além disso, causam grandes despesas para o poder público, derivando seus orçamentos com serviços de manutenção, tais como podas freqüentes, substituição, remoção e emprego de mão de obra.
Os problemas aumentam cada vez mais, à medida que os moradores, por vezes, impacientes com a morosidade do poder público, fazem podas e remoção de árvores, sem autorização e também com a contratação de terceiros, sem nenhuma formação técnica.
Um bom plano de manejo visa maximizar os benefícios da arborização de ruas e reduzir custos públicos. A escolha de determinada(s) espécie(s) é feita, principalmente, em função do local a ser arborizado. Assim, deve-se conhecer o seu habitat, as características do solo, qual o seu porte, o tipo de copa e o sistema radicular. Dados sobre os meses de floração e frutificação, assim como os tipos de flores e frutos auxiliam um planejamento adequado. Deve-se considerar também, a utilização de espécies nativas da região a ser arborizada, preservando assim o patrimônio genético existente no país, o que contribui para a conscientização e valorização desse patrimônio pela população, e nas relações culturais com outros povos.
Segue, abaixo, os padrões adotados pelo IPDSA para realização do plantio de árvore na área urbana:
Orientação para o plantio de árvores na via pública
A abertura na calçada é fundamental para que a planta seja alimentada pelas águas da chuva e pelos adubos. Em calçadas largas, deve ser feita uma abertura de 1 m2, com 80 cm de profundidade. É necessário deixar 90 cm livres no lado interno para a passagem de pedestres. Se a calçada for estreita, a abertura mínima deve ser de 60 cm3.
Ao plantar, faça uma cova de 80 cm3 – 80 cm para altura, largura e profundidade. Esse é o tamanho mínimo para que as raízes não venham a comprometer a calçada.
A cova de deve ser bem preparada com terra vegetal, enriquecida com 500g de adubo na formulação NPK 10-10-10.
A muda deve ser posicionada no centro da cova. Ela deve ser plantada com um tutor, que dará sustentação ao crescimento vertical da planta.
A cova deve ser completada com terra vegetal ou com a terra que foi retirada do buraco no momento da escavação.
A muda deve ser fixada ao tutor por um amarrilho de sisal ou similar.
Durante a fase de enraizamento, a muda deve ser regada diariamente. Nas épocas de estiagem, as árvores também precisam de regas periódicas.
Sugestões de árvores para plantio na área urbana
Dar continuidade ao processo de planejamento e monitoramento do desenvolvimento econômico, social, urbano e ambiental do Município, garantindo e promovendo, direta ou indiretamente, a implantação dos projetos estratégicos do pelo Plano Diretor.